Por meio da sua conta de Assuntos Governamentais Globais, a rede social X afirmou na noite desta quarta-feira (18) que a volta do funcionamento da plataforma em apps para celular no Brasil é “temporária” e que ela deve ficar indisponível novamente em breve.
“Quando o X foi fechado no Brasil, nossa infraestrutura para fornecer serviço para a América Latina não ficou mais acessível para nossa equipe. Para continuar fornecendo serviço ideal para nossos usuários, mudamos de operadora. Essa mudança resultou em uma restauração inadvertida e temporária do serviço para usuários brasileiros”, informou o X. A publicação foi acessada pela Gazeta do Povo a partir de uma conexão de fora do Brasil.
“Embora esperemos que a plataforma fique inacessível novamente em breve, continuamos os esforços para trabalhar com o governo brasileiro para retornar muito em breve para o povo do Brasil”, acrescentou a conta.
De acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), o acesso dos brasileiros ao X foi restabelecido depois de uma atualização no aplicativo, que passou a usar o serviço conhecido como “proxy reverso” da empresa americana CloudFlare.
A Cloudflare é um serviço de nuvem que oferece proteção de servidores de grandes empresas contra ataques cibernéticos. Ao todo, a empresa atende cerca de 24 milhões de sites no mundo todo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes bloqueou o X no Brasil no final de agosto, depois que a rede social do bilionário americano Elon Musk, que havia fechado seu escritório local duas semanas antes, se recusou a indicar um representante legal no país. Dias depois, a Primeira Turma do STF ratificou a suspensão da plataforma.
Musk vinha descumprindo decisões de Moraes para retirada de perfis e conteúdos do X, alegando que eram ilegais.