Quem foi até Campo Largo assistir ao empate do Paraná Clube com o Patriotas, neste sábado (6), teve uma experiência de futebol raiz.
O Estádio Atílio Gionédis foi o palco dos primeiros 90 minutos do duelo que vai definir um dos acessos à Primeira Divisão do Campeonato Paranaense.
Com estrutra modesta, a casa do Hope Internacional recebeu a partida com capacidade reduzida para 2.000 torcedores e apenas 200 ingressos foram liberados para a torcida do Tricolor.
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Antes da bola rolar, o público se concentrou no entorno do estádio. As quatro ruas que contornam a praça esportiva foram bloqueadas e apenas torcedores com ingressos podiam entrar. O movimento foi pequeno e as torcidas se concentraram em dois bares próximos, ou com os poucos ambulantes que estiveram no local.
Os ônibus dos dois times foram estacionados na própria rua, em meio a torcedores e ambulantes. Da calçada, era possível ouvir o pagode vindo do vestiário dos jogadores do Patriotas, que saía pela janela virada para a rua Oswaldo Cruz.
Ali, funcionários da equipe estavam à frente da porta, impedindo que qualquer curioso tentasse entrar no local de preparação dos atletas.
Estádio que Paraná jogou tem vizinhança “assombrada”
Ao chegar na rua Rui Barbosa, porta de entrada principal do estádio, a vizinhança peculiar era o que chamava atenção. Do outro lado da via fica localizado o Cemitério Municipal de Campo Largo, que estava de portas abertas para quem quisesse entrar.
“Quem não tiver ingresso, assiste do cemitério“, brincou um torcedor que chegava ao estádio. Com apenas 200 ingressos para os visitantes, que se esgotaram em 20 minutos, a torcida do Tricolor, no entanto, deu outro jeito de assistir o jogo.
Torcida mista na arquibancada
Com a pouca carga para a torcida visitante, parte dos paranistas comprou ingressos na torcida adversária. Mesmo sem estarem identificados com camisas do Paraná, uma parcela dos torcedores presentes na arquibancada destinada ao Patriotas se uniu ao lado paranista e entoou os cantos do Tricolor.
Do lado paranista, os 200 lugares foram ocupados, mas os torcedores não puderam comemorar nenhum gol e, insatisfeitos com a qualidade da partida, entoaram gritos pedindo raça aos atletas.
Do lado mandante, a arquibancada também estava cheia. Bandeirolas do Patriotas foram distribuídas. Os bancos de praça chamavam atenção em meio ao concreto e abrigavam torcedores no frio de 11º graus.
Parte da imprensa também ficou no concreto. Com a cabine destinada aos veículos de comunicação, o clube mandante inseriu uma faixa para separar uma parcela da arquibanca aos profissionais. No intervalo, com o pouco espaço de área técnica, parte da comissão do Tricolor se juntou aos jornalistas.
Vestiário apertado
Além da falta de estrutura para torcedores e profissionais, os jogadores também tiveram dificuldades. Além do gramado sintético, apontado pelo técnico Tcheco como “irregular”, o vestiário também foi um problema.
Durante o intervalo, parte da comissão teve que ficar para fora, no gramado, já que todo o time não cabia dentro do local. Com isso, eles assistiram ao resto do jogo na área reservada à impresa (que já era um improviso da área de arquibancada).
No segundo tempo, os refletores não deram conta e o gramado ficou escurecido. No fim da partida, sem uma estrutura para coletiva de imprensa aparente, a entrevista com Tcheco foi no gramado, ao lado do gol.
Veja fotos do estádio
Fotos: Átila Alberti e Rafaela Rasera/UmDois Esportes
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