Barra do Garças – MT – 2 de novembro de 2024
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Belarus se retira de tratado de armas com o Ocidente


O ditador de Belarus, Aleksander Lukashenko (à direita), durante visita de Putin a Minsk na semana passada
O ditador de Belarus, Aleksander Lukashenko (à direita), durante visita de Putin a Minsk na semana passada| Foto: EFE/EPA/MIKHAIL METZEL/SPUTNIK/KREMLIN

A ditadura de Belarus, aliada da Rússia, confirmou sua retirada do Tratado de Forças Armadas Convencionais na Europa (CFE) e assinou um acordo para ajudar na construção de uma usina nuclear na Hungria, também amiga de Moscou – esta unidade está sendo construída por uma empresa russa.

Nesta quarta-feira (29), o ditador Aleksander Lukashenko assinou uma lei que suspende a participação de Belarus no CFE, matéria que havia sido aprovada recentemente pelo Parlamento bielorrusso.

A suspensão do CFE por Belarus, país onde a Rússia implantou armas nucleares táticas em 2023, significa que Minsk não mais informará os signatários sobre armas convencionais em seu território e não permitirá visitas de inspeção. O documento original havia sido assinado por 22 países da OTAN e pela União Soviética em 1990.

A Rússia, que havia suspendido sua participação no Tratado de Forças Armadas Convencionais na Europa em 2007, abandonou o acordo definitivamente em novembro do ano passado, devido ao apoio da OTAN à Ucrânia na guerra contra os russos e pela entrada da Finlândia na aliança militar do Ocidente. Os Estados Unidos também deixaram o acordo em 2023.

Também nesta quarta-feira, Belarus assinou um acordo com Budapeste para ajudar a construir a segunda central nuclear da Hungria, que está sendo edificada pela empresa russa Rosatom desde 2014 e cuja obra já sofreu grandes atrasos. Segundo a agência Reuters, não foi detalhado como será a ajuda bielorrussa.

A Hungria obtém a maior parte da sua energia da Rússia e as sanções da União Europeia sobre o setor energético russo não incluíram a energia nuclear.

Aliado do ditador russo Vladimir Putin, o premiê húngaro, Viktor Orbán, é o maior crítico da ajuda militar e financeira à Ucrânia dentro da OTAN.

Ele se recusou a permitir o envio de armas para a Ucrânia através do território húngaro, se opôs às sanções da União Europeia ao petróleo e gás russos e resistiu durante meses à aprovação de um pacote de ajuda do bloco de 50 bilhões de euros para Kiev e à adesão da Suécia à OTAN, vetos que finalmente derrubou no início deste ano. (Com Agência EFE)



FONTE: GAZETA DO POVO

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