O ditador russo, Vladimir Putin, desembarcou nesta quinta-feira (16) em Pequim para uma reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping, considerado um apoiador vital de Moscou em meio às duras sanções dos países ocidentais pela sua ofensiva na Ucrânia.
Os dois se reuniram no Grande Salão do Povo, em Pequim, localizado ao lado da Praça Tiananmen, com uma cerimônia de boas-vindas na qual ouviram juntos hinos e salvas de tiros de canhão. Em seguida, Putin e Xi passaram em revista a guarda de honra antes de iniciarem uma reunião a portas fechadas, de acordo com imagens transmitidas ao vivo pela emissora estatal chinesa CGTN.
Depois do encontro oficial, os líderes assinaram uma declaração conjunta para aprofundar a “parceria estratégica” por ocasião do 75º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. Os líderes também selaram acordos de cooperação em vários campos não especificados durante uma cerimônia à parte em Pequim.
Em declaração divulgada pelo regime chinês, Xi disse que Putin é um “velho amigo” e a parceria com a Rússia não é apenas de interesse fundamental para os dois países e os dois povos, “mas também é propícia à paz ”.
“A relação atual entre a China e a Rússia foi duramente conquistada e ambos os lados devem apreciá-la e cultivá-la ”, afirmou. O líder comunista enfatizou que os dois países buscam “aprofundar sua coordenação estratégica, expandir a cooperação e seguir a tendência histórica de multipolaridade e globalização”.
Já o líder do Kremlin disse que as relações entre os dois países “não são oportunistas nem dirigidas contra ninguém”.
Essa é a segunda visita de Putin à China em menos de um ano, já que a anterior foi realizada em outubro de 2023 para o Terceiro Fórum das Novas Rotas da Seda, que alguns analistas veem como uma nova indicação do crescente alinhamento entre os dois países para continuar seus negócios e promover uma nova ordem “multipolar”.
O presidente russo chega ao país asiático depois de assumir um quinto mandato e após a recente viagem de Xi à Europa, onde o líder chinês enfrentou novamente a pressão do Ocidente para fazê-lo convencer Putin a encerrar a guerra na Ucrânia.